Centro Cultural de Belém - Exposições

"porque a vida é uma obra de arte"





Volver (real. Pedro Almodóvar, 2006) 
Cada ano que passa parece que nos importamos menos com esta notícia, e isso só acontece pela nossa habilidade de não conseguir resolver este problema que criámos. Pois é, este ano lectivo que findou viu 80% da população estudantil do 12º ano chegar ao exame nacional da cadeira de Matemática e reprovar. Significa isto que mais de oito em cada dez alunos teve negativa no exame, conseguindo piorar a marca obtida o ano passado com mais de sete alunos para dez. Esta "razia" resulta num abaixamento de candidaturas ao ensino superior, o que de certa forma até pode ser visto com bons olhos, mas deixa de facto um problema que parece crescer de ano para ano. Será a Matemática assim tão difícil, ou serão os alunos apenas preguisoços ou ansiosos com o verdadeiro "papão" dos exames nacionais? Quando a média no exame nacional é de 5,9 valores, isto torna-se assustador, no mínimo, e transforma o exame num bicho de sete cabeças que avisa a próxima fornada de alunos do 12º ano que provavelmente não conseguirão, também, serem aprovados nesta cadeira. A ansiedade é grande e as expectativas maiores, quer por parte do ministério, quer por parte dos alunos ou mesmo dos pais. Daí o nervosismo com que se encara cada ano lectivo com esta cadeira. Não quero com isto dizer que os alunos sejam desculpabilizados por estes resultados, no fundo são eles que preenchem o exame, mas de facto a pressão é enorme e a falta de estudo igual. Chega de reformas e de programas novos, já se chegou à conclusão de que não é por ter um programa mais novo que se obtêm melhores resultados. Terá que ser revista a forma como se ensina a matemática e isso passa, obviamente, por uma reforma ao nível do ensino dos professores e não dos alunos. Os professores têm que ser, igualmente responsabilizados nesta questão, não podem sair incólumes como se não tivessem nada a ver com isto, quando são eles que ensinam, bem ou mal.





Marie-Antoinette (dir. Sophia Coppola)
Babel (dir. Alejandro Gonzalez Iñarritu)
The Departed (dir. Martin Scorcese)
World Trade Center (dir. Oliver Stone)
The Fountain (dir. Darren Aronovsky)
Hollywoodland (dir. Allen Coulter)
The Prestige (dir. Christopher Nolan)
The Black Dahlia (dir. Brian de Palma)