quarta-feira, outubro 18, 2006

Referendo do Aborto

No Diário de Notícias de Segunda-Feira, dia 16 de Outubro, João César das Neves escreveu um texto "interessante" acerca do referendo do aborto que parece aproximar-se. Digo "interessante" porque as opiniões dividem-se e quem sou eu para impôr a minha... Ainda assim, o texto tem a virtude de nos deixar a pensar, como qualquer referendo deve fazer:
"...O aspecto mais chocante desta reedição é, sem dúvida, o momento escolhido. Hoje, ao contrário de há oito anos, o País vive uma crise grave, com estagnação económica, alto desemprego, fortes carências e contestações em múltiplos sectores."
"...Os dois lados em debate esgrimem as suas razões, mas só um deles invoca o testemunho do progresso. Segundo os proponentes, uma das principais razões para mudarmos a nossa lei é a sua desactualização. Ouve-se com frequência dizer que esta nossa legislação é obsoleta, ultrapassada, a "mais atrasada da Europa". Abortar à vontade parece ser moderno."
"...É difícil imaginar como é que o tempo entra numa questão tão básica e perene como esta. O aborto, como o terrorismo ou o crime, não melhora com o desenvolvimento, flutua com a moralidade. Mas as marés ideológicas nunca seguem a lógica."
"...uma das poucas vantagens do período de referendo é que os meios de comunicação social serão obrigados a abandonar a descarada defesa do aborto, para fingirem uma imparcialidade forçada.
"...A maré vai mudar. Entretanto a alteração da lei tem um aliado perigoso: o comodismo burguês. Não faltam os que dizem coisas como: "Eles não nos largam com isto, o melhor é deixá-los mudar a lei para ver se se calam."

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sendo um assunto da consciência de cada um e que se fundamenta nos valores morais e éticos de cada um,parece que um referendo é o que menos se apropria à resolução do problema.Já efectuamos um referendo,temos uma lei correcta,parece ser o suficiente para resolver os casos que justificadamente devem ser resolvidos.O que neste momento o Governo e os media estão a fazer é violentarem-nos,sobretudo quando se pensa no baixo nível educacional e cultural do povo português.

6:07 da tarde  

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